Uma atitude de vida que pode se tornar conflitante é o “fazer o que se gosta”. Muitas vezes passamos esta mensagem para os jovens quando o assunto é a escolha da profissão.
Entretanto, sabemos que não existe o trem da alegria, onde tudo é só diversão. Neste trem tem gente trabalhando para manter o próprio trem em operação, ou seja, alguns serviços essenciais para a sociedade. E trabalhando nem sempre por gostar, mas porque necessita do dinheiro que aquele trabalho gera. Seu bem estar e, muitas vezes, da família é pago com este dinheiro.
Curtir a vida somente fazendo o que se gosta seria o ideal, mas alguém tem que pagar a conta. Até chegar ao prazer muito trabalho tem de ser feito, mesmo sem gostar.
Estudar as matérias importantes, gostando ou não, sob o risco de ser reprovado. Treinar com afinco para chegar às melhores marcas pessoais. Disciplina sobre o talento para se atingir o sucesso.
Conquistar um título pode ser uma meta de alguém, mas o difícil é manter este título para se ter o prazer de ser reconhecido como detentor do sucesso. Manter a conquista dá muito mais trabalho que conquistar. Muitos conquistam, poucos mantêm.
Para uma boa escolha profissional é preciso uma base de preparo para o sucesso, que pode não ser prazeroso, mesmo gostando da atividade. Se o estudante for guiado somente pelo prazer, jamais chegará ao ponto de desfrutar os resultados de suas conquistas, pois as abandonará na primeira obrigação que encontrar.
E depois de formado, lembre que as empresas pagam ao profissional para fazer o que acha importante ser feito, não aquilo que o funcionário gostaria de fazer. Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito.
Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito.
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