Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

O significado da arroba na grafia


Durante a Idade Média os livros eram escritos pelos copistas, à mão. Precursores dos taquígrafos, os copistas simplificavam seu trabalho substituindo letras, palavras e nomes próprios por símbolos, sinais e abreviaturas. O motivo era de ordem econômica: tinta e papel eram valiosíssimos.

Para substituir a palavra latina et (e), eles criaram um símbolo que resulta do entrelaçamento dessas duas letras: o &, popularmente conhecido como e comercial, em Português. E foi com esse mesmo recurso de entrelaçamento de letras que os copistas criaram o símbolo @, para substituir a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de casa de.

Com o desenvolvimento da imprensa, os símbolos @ e & continuaram sendo usados nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de unidades da mercadoria e o preço. No século XIX, na Catalunha (nordeste da Espanha), o comércio e a indústria procuravam imitar as práticas comerciais e contábeis dos ingleses.

E, como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses davam ao símbolo @ (a ou em), acharam que o símbolo devia ser uma unidade de peso. Para isso contribuíram duas coincidências:
· a unidade de peso comum para os espanhóis na época era a arroba, cujo inicial lembra a forma do símbolo;
· os carregamentos desembarcados vinham frequentemente em fardos de uma arroba. Por isso, os espanhóis interpretavam aquele mesmo registro de 10@£3 assim: dez arrobas custando 3 libras cada uma. Então, o símbolo @ passou a ser usado por eles para designar a arroba.

O termo arroba vem da palavra árabe ar-ruba, que significa a quarta parte: uma arroba (aproximadamente 15 kg) correspondia a ¼ de outra medida de origem árabe, o quintar, que originou o vocábulo português quintal, medida de peso que equivale a 58,75 kg .

As máquinas de escrever, que começaram a ser comercializadas na sua forma definitiva há dois séculos, mais precisamente em 1874, nos Estados Unidos, trouxeram em seu teclado o símbolo @, mantido no de seu sucessor – o computador.  Então, em 1972, ao criar o programa de correio eletrônico (o e-mail), Roy Tomlinson usou o símbolo @ (at), disponível no teclado dessa máquina, entre o nome do usuário e o nome do provedor.

Na maioria dos idiomas, o símbolo @ recebeu o nome de alguma coisa parecida com sua forma: em Italiano, chiocciola (caracol); em Sueco, snabel (tromba de elefante); em Holandês, apestaart (rabo de macaco); em alemão pretzel (doce de forma circular). No nosso, manteve sua denominação original: arroba.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Novas tecnologias para a educação


A tendência da aceleração da produção científica e tecnológica traz consequências diretas também para a forma como a educação vem se realizando (dentro e fora das salas de aula).

Estas são percebidas, em primeiro lugar, pela facilitação ao processo de internacionalização do ensino, em segundo lugar pela presença de novas tecnologias no processo ensino aprendizagem e em terceiro lugar pela criação de novas metodologias, incluindo o ensino a distância que, a cada dia, torna-se mais interativo, rompendo as barreiras de isolamento pelas quais tanto foi criticado.

Além disso, o preço das tecnologias de informação e comunicação encontra-se em constante queda, tornando-as acessíveis a um número crescente de pessoas e países. É o caso do telefone e computador portátil, que deixa de ser uma ferramenta genérica para ser também um instrumento presente nos lares.

É viável supor de que, nos próximos anos, qualquer que seja o cenário, o computador estará presente em todas as escolas (não apenas nos laboratórios, mas também nas salas de aula) e em quase todos os lares, escritórios, fábricas e estabelecimentos comerciais.

Ao mesmo tempo, é previsível um forte crescimento da Internet com a perspectiva de melhoria substancial no acesso (redução de tempo, aumento da velocidade, etc.) o que propiciará saltos qualitativos no ensino presencial e no ensino a distância, incluindo o desenvolvimento de pesquisas, acesso a base de dados e troca de informações.

Os próximos anos devem trazer muitas novidades no ensino a distância (EAD), com destaque para a educação corporativa, educação continuada e os cursos superiores tradicionais.   

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Google e Googol


A marca do Vale do Silício, o Google, nasceu em uma garagem, fruto da engenhosidade de dois estudantes universitários.

Era o ano 1995. Sergey Brin e Larry Page cursavam doutorado em ciências da computação na Stanford University. “Na realidade, não sabíamos o que queríamos fazer. Tive a louca ideia de baixar toda a web em meu computador”, lembra Page.

Esperava realizar a tarefa em uma semana. Um ano depois, só tinha uma pequena parte. Brin e Page começaram a trabalhar utilizando recursos da universidade Stanford. 

A instituição apoiava os empreendedores estudantes de doutorado, permitindo-lhes, por exemplo, usar os computadores, ajudando no registro de suas inovações e no lançamento de empreendimentos.

Em troca, obtinha ações nas novas empresas de tecnologia. Assim, Brin e Page conseguiram o desenho de um programa para buscar e avaliar páginas de internet, baseando-se nas análises dos links que apontavam para elas.

Em 1997, colocaram o buscador à disposição dos estudantes e docentes de Stanford. Pensaram em chamá-lo “Googol” (termo criado em 1938 para indicar o número 10 elevado a 100), em alusão à grande quantidade de informação que organizava o site de busca, mas acidentalmente escreveram “Google”, e o erro de digitação se transformou em nome definitivo.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mercado de trabalho e empregabilidade


O atual cenário socioeconômico nacional apresenta-se com profundas transformações, influenciando o mercado de trabalho e consequentemente a empregabilidade das pessoas.

Podemos dizer que o mercado de trabalho é a relação entre a oferta de trabalho e a procura de trabalhadores e o conjunto de pessoas e/ou empresas que em época e lugar determinados provocam o surgimento e as condições dessa relação.

Empregabilidade é um termo utilizado para designar o nível de atualização ou desenvolvimento de um profissional com relação às eventuais exigências do mercado de trabalho na hora de competir face de uma oportunidade de emprego.

Observa-se que o mercado de trabalho apresenta constantes mudanças. No passado as empresas privilegiavam as competências técnicas, enquanto as características comportamentais eram consideradas supérfluas.

Já nos dias atuais, as empresas estão exigindo de seus trabalhadores, em igual nível de desenvolvimento um conjunto de competências técnicas e características comportamentais para que desempenhem uma determinada função com maior eficiência. Entre os componentes comportamentais, as empresas avaliam a capacidade do indivíduo para trabalhar em equipe, qualidades de liderança e potencialidades de inovação e crescimento dentro da empresa.

O comportamento dos mercados de trabalho é de grande importância no desempenho da economia, afetando o volume de empregos criados, as taxas de desemprego e de aumento de produtividade, o grau de conflito entre agentes, o montante de investimentos em treinamento e qualificação e muitas outras variáveis importantes. .

Desde a Revolução Industrial, várias transformações ocorreram em nossa sociedade. Com a globalização o espaço competitivo das empresas alterou-se, exigindo um pensamento estratégico voltado para a diferenciação de serviços e produtos.

A diferenciação é conseguida, principalmente através das pessoas que trabalham na organização. Daí a exigência de trabalhadores com maiores competências técnicas e características comportamentais para a execução de atividades com maior eficiência.

A importância do conhecimento dos trabalhadores é aplicada ao conceito de crescimento econômico. Quando o crescimento é acompanhado por mudanças estruturais e melhoria de indicadores econômicos e sociais, não é mais crescimento e sim desenvolvimento.

O desenvolvimento deve ser entendido não como expansão econômica exclusivamente, mas também como expansão da educação, onde ao longo do processo educacional sejam trabalhados os conceitos técnicos e habilidades comportamentais atuais para que as pessoas sejam preparadas para ingressarem no mercado de trabalho.