O hidrogênio deverá ser o
elo para um novo modelo totalmente novo de infraestrutura energética, assim
como instituições econômicas totalmente diferentes e novos padrões de fixação
humana, a exemplo do que causou no passado o advento do carvão, da máquina a
vapor e, posteriormente, do motor de combustão interna.
Uma economia do hidrogênio
com produção descentralizada de energia – a geração distributiva – e a criação
de redes interligando essa produção com os usuários finais, possibilitaria a
fixação de estabelecimentos humanos mais dispersos e mais sustentáveis em seu
relacionamento com os recursos locais e regionais do ambiente.
Estamos no limiar de uma nova era na história, em que qualquer
possibilidade é ainda uma opção. O hidrogênio, essência universal, está sendo
captado e processado para fins de benefício humano. Torna-se fundamental
traçarmos o itinerário adequado desde o início da jornada, se pretendemos
converter a grande promessa da era do hidrogênio numa realidade viável para as
gerações que nos sucederão.
O primeiro cientista conhecido a prever o potencial pleno do hidrogênio
foi John Haldane. Em 1923, Haldane proferia palestras onde afirmava que a
energia do hidrogênio seria a o combustível do futuro. Ele produziu um tratado
científico relacionando os argumentos a favor do hidrogênio, descrevendo como
ele seria produzido, armazenado e empregado. Sua tese equivalia, nos mínimos
detalhes, a um protótipo do modo como o hidrogênio seria usado e explorado no
futuro.
Haldane antecipou inclusive os obstáculos na
transição para um regime de energia do hidrogênio, bem como as consequências
sociais e ambientais de longo alcance que daí resultariam. Quanto ao primeiro
problema, ele reconhecia que os custos iniciais seriam muito elevados, mas
ressaltava que as despesas de manutenção seriam menores que os demais sistemas.
O hidrogênio pode ser
eficientemente produzido por meio de uma variedade de fontes renováveis. O
potencial para a produção do hidrogênio por fonte de energia hídrica, solar ou
eólica é muito grande, podendo ser produzido em diversos locais do mundo.
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