Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Aprender é o que importa


Aprender sempre é o que importa. E manter esse aprendizado é consagrar nosso caminho diante do que realmente queremos da vida. Somos construídos pela maneira com que conduzimos nossa vida, e conduzimos nossa vida com aquilo que aprendemos.

Às vezes, não damos importância para coisas simples que temos oportunidade de aprender, mas, um dia, podemos precisar de um simples minuto de aprendizado para nos inspirar em anos de existência.

Aprender é uma experiência de vida, uma experiência de conhecimento e pode se tornar uma experiência existencial se a pessoa conseguir ensinar o que aprendeu, expandindo essa possibilidade de realização a outras pessoas.

Não fique esperando que a escola e os professores lhe ofereçam tudo o que precisa aprender. Assuma a responsabilidade pelo seu próprio aprendizado. O papel do educador é disponibilizar opções e ensinar seus alunos a pensar, e não apresentar uma receita pronta para o seu desenvolvimento.

Para ter uma carreira profissional de sucesso, é fundamental o aprendizado contínuo. Hoje, tem emprego garantido aquele que renova suas competências específicas, se adapta à transformação permanente do setor produtivo e providencia novas bases de conhecimento para o desenvolvimento da carreira.

Ser competente não é sinônimo de ter um acúmulo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência. Essa é uma das poucas competências duráveis em um mundo no qual conhecimentos específicos se transformam, com muita rapidez, em informações perecíveis.

Quanto maior a liberdade de pensar – a ausência de preconceitos – maior a capacidade de aprender. Identifique seus preconceitos e liberte-se deles. Você será capaz de aprender mais rápido, melhor e mais facilmente.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Aprenda a pensar


Uma das habilidades que diferenciam as pessoas de sucesso é unir fatos e informações aparentemente desconexos contemplando um sentido, criando o novo. Uma das principais ferramentas para o desenvolvimento dessa habilidade é o pensamento.

A escola ensina um conjunto de procedimentos, fatos, conceitos e regras. Mas isso não é o suficiente para o seu desenvolvimento. Você precisa aprender a pensar, usando sete tipos de pensamento:

1. O pensamento dedutivo, que parte de premissas gerais e aceitas como verdadeiras e chega a uma conclusão sobre um fato específico.

2. O pensamento indutivo, que parte de uma situação específica  para chegar a conclusões gerais.

3. O pensamento analítico, que analisa separadamente as partes que formam um todo.

4. O pensamento sintético, que forma um todo a partir da reunião de suas partes.

5. O pensamento sistêmico, que estabelece as relações entre as partes de um todo.

6. O pensamento crítico, por meio do qual questiona os fatos.

7. O pensamento criativo, com o qual produz ideias para desenvolver algo novo ou modificar algo que existe.

Para viver as situações cotidianas, talvez baste fazer deduções lógicas, generalizar fatos, entender o todo a partir das partes ou as partes a partir do todo. Mas, para compreender a realidade, discernir o que serve e o que não serve para transformá-la, é preciso saber pensar criticamente, estabelecer relações entre fatos e usar a criatividade.

Para desenvolver sua capacidade de pensar, troque ideias com outras pessoas e leia todos os tipos de livros, pois isso o coloca diante de percepções diferentes da realidade. A Filosofia também ensina a pensar.

Tão importante quanto aprender a pensar é repensar o que você aprendeu. Precisamos abrir espaço para novos conhecimentos, novas ideias e percepções. Precisamos partir do princípio de que todo conhecimento envelhece e é necessário atualizar o que sabemos.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O ensino na Era do Conhecimento


O aprendizado e o ensino são mais profundamente afetados pela disponibilidade de informações do que qualquer outra área da vida humana. São necessários novos métodos e novos instrumentos de ensino, a mais antiga e reacionária arte humana.

As coisas mais importantes a aprender não são habilidades específicas, mas uma habilidade universal – a de usar o conhecimento e sua aquisição sistemática como fundamento do desempenho, habilidade e realização.

Não tem sentido ensinar ao jovem tudo aquilo de que ele terá necessidade, pois ele ainda não sabe de que conhecimentos necessitará daqui a dez ou quinze anos. O que se sabe cada vez mais é que precisará de conhecimentos que ainda não existem.

O próprio fato de estarmos usando conhecimento, e não experiência, faz da mudança algo inevitável. Isso porque o conhecimento, por definição, inova, busca, indaga e se modifica. Quando o conhecimento é aplicado ao trabalho faz-se necessária a educação contínua, o retorno frequente do adulto experiente e realizado ao aprendizado formal.

Quanto mais as pessoas sabem, com maior frequência regressam à escola durante toda a sua vida útil. Mas também, quanto mais sabem, mais se conscientizam de sua ignorância e da nova capacidade de desempenho, dos novos conhecimentos e da necessidade de atualizar seus conhecimentos constantemente.

A continuação da educação não precisa ser uma educação em assuntos especializados que só serão úteis para o profissional que tenha progredido muito.

Os assuntos mais gerais – talvez a filosofia, ou a história – também fazem mais sentido como educação para o adulto experimentado. As especializações são o que os jovens aprendem melhor, e aquilo de que mais necessitam.

A energia e a civilização


O elemento principal sobre o qual se baseia toda a ciência é a energia. A cada dia, os raios de sol banham a Terra com milhares de quilocalorias de energia por metro quadrado. Parte desta energia é captada por seres vivos e convertida de modo a servir à sustentação da vida, enquanto o restante acaba sendo convertido em calor e irradiado de volta ao espaço.

Se a energia é fundamental em nossa existência, então a força vital é definida como a “velocidade do fluxo de energia útil”.  A luta pela sobrevivência, tanto entre uma espécie e outra como dentro da mesma espécie, é na verdade uma competição visando a obter energia e assegurar o fluxo contínuo pelos sistemas vivos.

A história das civilizações não pode ser compreendida adequadamente sem que avaliemos a importância dessa força vital. O elemento decisivo em todas as sociedades da história é a disponibilidade de excedentes de energia. Na ausência de reservas de energia que pudesse captar e processar, toda a criatividade humana seria incapaz de melhorar o bem-estar da espécie.

A energia é a força elementar e o meio pelo qual se constrói toda a cultura humana. Para compreender por que as civilizações fundadas em regimes diferentes de energia prosperam e definham, precisamos entender as regras que governam a energia. A primeira e segunda leis da termodinâmica afirmam que “o conteúdo total de energia no universo é constante, e a perda de energia útil está aumentando continuamente”.

Pela primeira lei, a energia não pode ser criada nem destruída. A quantidade de energia no universo foi fixada desde o início dos tempos e permanecerá assim até o final. Todos os seres humanos já nascidos, como tudo que eles construíram ao longo da história, representam energia que foi convertida de um estado em outro.

Embora a energia não possa ser criada ou destruída, ela está mudando constantemente de forma, mas sempre em uma direção: de disponível para indisponível. Por exemplo, se queimamos um pedaço de carvão, a energia permanece, mas é convertida em dióxido de enxofre, dióxido de carbono e outros gases que se espalham pelo espaço.

Não se perdeu energia alguma no processo, mas não podemos voltar a queimar aquele pedaço de carvão e extrair dele um trabalho útil. Esta é a segunda lei da termodinâmica: sempre que a energia é transformada, alguma quantidade de energia disponível se perde no processo; ou seja, ela perde a capacidade de realizar um trabalho útil.

O filósofo John Locke virou pelo avesso a segunda lei da termodinâmica ao dizer que a natureza em si mesma é inútil e só adquire valor quando nela aplicam seu trabalho, convertendo-a em ativos produtivos: “aquele que se apropria de terras pelo trabalho não reduz, mas aumenta o patrimônio comum da humanidade. Pois as provisões para o sustento da vida humana geradas em uma área de terra cercada e cultivada são dez vezes mais abundantes que aquelas produzidas na área igualmente fértil abandonada de propriedade comum. Aquele que produz na terra obtêm um maior número de melhorias para a vida do que conseguiria se deixasse à natureza”.

A chave disso tudo são os critérios produtivos utilizados: bom-senso, racionalidade e respeito ao ambiente.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sustentabilidade


Um dos sistemas mais complexos que se conhecem, o clima da Terra sempre orientou os rumos da humanidade.

Nos primeiros 250.000 anos da história do ser humano moderno, a temperatura era mais baixa do que a atual e havia muito instabilidade climática. Separados em tribos nômades, nossos ancestrais sobreviviam do que conseguiam colher e caçar em tempos de fartura.

Durante os últimos 10.000 anos, um clima mais quente e estável permitiu aos humanos desenvolver a agricultura e os assentamentos permanentes. Novas tecnologias foram utilizadas para domesticar ecossistemas, administrar suprimentos de água e proteger a população das intempéries. Esses processos alteraram o ambiente de forma radical.

Nada se compara, porém, ao que ocorreu nos últimos 100 anos. A utilização de combustíveis fósseis possibilitou o desenvolvimento de uma economia global. A população humana alcançou a casa dos bilhões de habitantes. Grandes metrópoles foram erguidas.

A escala das mudanças resultantes do impacto humano sobre a Terra foi tão sem precedentes que essa centena de anos resultou em um novo período geológico. Hoje, por causa da degradação ecológica e das emissões de gases do efeito estufa resultantes desse processo industrial, corremos o risco de modificar o ambiente em um ritmo alucinante, que inviabiliza a capacidade da espécie humana para se adaptar às mudanças.

A civilização está de tal forma interconectada que, caso ocorra um colapso, ele será global, e não mais regional, como nos primórdios. É preciso tomar uma decisão e reconhecer que o crescimento econômico consome recursos e produz resíduos que degradam o ecossistema.

É hora de produzir, mas também de enfatizar a qualidade de vida e melhorar a distribuição da riqueza, em lugar de crescer a qualquer custo. Nossa visão de mundo terá de ser transformada, assim como as tecnologias e as instituições, para transpormos com sucesso o atual período e não entrarmos em colapso.