Os aplicativos de apresentação visual, como os conhecidos PowerPoint
e Slidewire, permitem a projeção ampliada do que antes era escrito e desenhado.
É uma tecnologia que representa uma excelente ferramenta
para aulas, trabalhos e palestras. É o predomínio das cores, imagens, animações
e sons. Fim das falhas de memória.
Entretanto, cuidados são necessários para evitar
apresentações ruins e chatas, que desmotivam a plateia. Os erros se repetem,
começando com o congestionamento visual. Cores, sons e animações demais,
acordes dramáticos, desenhos de mau gosto, caracteres tipográficos gritantes e
conflitantes.
Firula em excesso tem efeito negativo na percepção das
pessoas. Depois vem o excesso de informações e de slides, sobrecarregados com
textos. E há o agravante do texto lido. Como lemos cinco vezes mais rápidos do
que o apresentador fala, passamos à sua frente: já lemos o texto e não
escutamos mais o que ele diz.
Há uma regra clássica para configurar uma apresentação: se
alguém que não assistiu recebe s slides e entende o conteúdo apresentado, está
com excesso de informações.
Se for para ler todo o texto no slide, para que serve o
apresentador? O texto dos slides deve ser apenas um recurso para fixar os
conceitos mencionados e para criar uma estrutura das principais ideias.
A apresentação precisa ter simplicidade visual. Se a
figura não for interessante, não coloque. Os slides não substituem nem o
apresentador nem as leituras adicionais para aqueles que desejam maior
profundidade no tema.
Nosso cérebro tem um hemisfério esquerdo, que cuida da razão,
e um direito, encarregado das emoções. Uma boa apresentação ativa na plateia os
dois hemisférios. Se a apresentação eletrônica tentar explicar, vai competir
com as palavras do apresentador.
Portanto, a missão deve ser infiltrar sentimentos. Daí a
importância da escolha das imagens para realçar, com poucas palavras, as
principais ideias. Não podemos perder o extraordinário recurso que é o
aplicativo de apresentação eletrônica.