O elemento
principal sobre o qual se baseia toda a ciência é a energia. A cada dia, os
raios de sol banham a Terra com milhares de quilocalorias de energia por metro
quadrado. Parte desta energia é captada por seres vivos e convertida de modo a
servir à sustentação da vida, enquanto o restante acaba sendo convertido em
calor e irradiado de volta ao espaço.
A luta pela sobrevivência, tanto entre uma
espécie e outra como dentro da mesma espécie, é na verdade uma competição
visando a obter energia e assegurar o fluxo contínuo pelos sistemas vivos. A
história das civilizações não pode ser compreendida adequadamente sem que
avaliemos a importância dessa força vital. O elemento decisivo em todas as
sociedades da história é a disponibilidade de excedentes de energia.
Para compreender
por que as civilizações fundadas em regimes diferentes de energia prosperam e
definham, precisamos entender as regras que governam a energia. As duas
primeiras leis da termodinâmica afirmam que “o conteúdo total de energia no
universo é constante, e a perda de energia útil está aumentando continuamente”.
Pela primeira
lei, a energia não pode ser criada nem destruída. A quantidade de energia no
universo foi fixada desde o início dos tempos e permanecerá assim até o final.
Todos os seres humanos já nascidos, como tudo que eles construíram ao longo da
história, representam energia que foi convertida de um estado em outro.
Embora a energia
não possa ser criada ou destruída, ela está mudando constantemente de forma,
mas sempre em uma direção: de disponível para indisponível. Por exemplo, se
queimamos um pedaço de carvão, a energia permanece, mas é convertida em dióxido
de enxofre, dióxido de carbono e outros gases que se espalham pelo espaço.
Essa é a segunda
lei da termodinâmica: sempre que a energia é transformada, alguma quantidade de
energia disponível se perde no processo; ou seja, ela perde a capacidade de
realizar um trabalho útil.