Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


domingo, 23 de março de 2014

A energia e a civilização



O elemento principal sobre o qual se baseia toda a ciência é a energia. A cada dia, os raios de sol banham a Terra com milhares de quilocalorias de energia por metro quadrado. Parte desta energia é captada por seres vivos e convertida de modo a servir à sustentação da vida, enquanto o restante acaba sendo convertido em calor e irradiado de volta ao espaço.

 A luta pela sobrevivência, tanto entre uma espécie e outra como dentro da mesma espécie, é na verdade uma competição visando a obter energia e assegurar o fluxo contínuo pelos sistemas vivos. A história das civilizações não pode ser compreendida adequadamente sem que avaliemos a importância dessa força vital. O elemento decisivo em todas as sociedades da história é a disponibilidade de excedentes de energia.

Para compreender por que as civilizações fundadas em regimes diferentes de energia prosperam e definham, precisamos entender as regras que governam a energia. As duas primeiras leis da termodinâmica afirmam que “o conteúdo total de energia no universo é constante, e a perda de energia útil está aumentando continuamente”.

Pela primeira lei, a energia não pode ser criada nem destruída. A quantidade de energia no universo foi fixada desde o início dos tempos e permanecerá assim até o final. Todos os seres humanos já nascidos, como tudo que eles construíram ao longo da história, representam energia que foi convertida de um estado em outro.

Embora a energia não possa ser criada ou destruída, ela está mudando constantemente de forma, mas sempre em uma direção: de disponível para indisponível. Por exemplo, se queimamos um pedaço de carvão, a energia permanece, mas é convertida em dióxido de enxofre, dióxido de carbono e outros gases que se espalham pelo espaço.

Essa é a segunda lei da termodinâmica: sempre que a energia é transformada, alguma quantidade de energia disponível se perde no processo; ou seja, ela perde a capacidade de realizar um trabalho útil.

Aprenda a pensar



Uma das habilidades que diferenciam as pessoas de sucesso é unir fatos e informações aparentemente desconexos contemplando um sentido, criando o novo. Uma das principais ferramentas para o desenvolvimento dessa habilidade é o pensamento.

A escola ensina um conjunto de procedimentos, fatos, conceitos e regras. Mas isso não é o suficiente para o seu desenvolvimento. Você precisa aprender a pensar, usando sete tipos de pensamento:

1. O pensamento dedutivo, que parte de premissas gerais e aceitas como verdadeiras e chega a uma conclusão sobre um fato específico.

2. O pensamento indutivo, que parte de uma situação específica  para chegar a conclusões gerais.

3. O pensamento analítico, que analisa separadamente as partes que formam um todo.

4. O pensamento sintético, que forma um todo a partir da reunião de suas partes.

5. O pensamento sistêmico, que estabelece as relações entre as partes de um todo.

6. O pensamento crítico, por meio do qual questiona os fatos.

7. O pensamento criativo, com o qual produz ideias para desenvolver algo novo ou modificar algo que existe.

Para viver as situações cotidianas, talvez baste fazer deduções lógicas, generalizar fatos, entender o todo a partir das partes ou as partes a partir do todo. Mas, para compreender a realidade, discernir o que serve e o que não serve para transformá-la, é preciso saber pensar criticamente, estabelecer relações entre fatos e usar a criatividade.

Para desenvolver sua capacidade de pensar, troque ideias com outras pessoas e leia todos os tipos de livros, pois isso o coloca diante de percepções diferentes da realidade. A Filosofia também ensina a pensar.

Tão importante quanto aprender a pensar é repensar o que você aprendeu. Precisamos abrir espaço para novos conhecimentos, novas ideias e percepções. Precisamos partir do princípio de que todo conhecimento envelhece e é necessário atualizar o que sabemos.

domingo, 16 de março de 2014

Potências de 10



Um modo prático de determinar um número grande é simplesmente contar os zeros depois do número 1. Mas se há muitos zeros...

É por essa razão que colocamos pontos ou espaços depois de cada grupo de três zeros. Assim, 1 trilhão é 1.000.000.000.000 ou 1 000 000 000 000. (Nos Estados Unidos, colocam-se vírgulas no lugar dos pontos). Para números maiores, é preciso contar quantos grupos de três números existem.

Seria ainda mais fácil se, ao nomear um número grande, pudéssemos apenas dizer diretamente quantos zeros existem depois do número 1. Os matemáticos e técnicos fazem exatamente isso. Chama-se notação exponencial.

Você escreve o número 10; depois um número pequeno, sobrescrito à direita do 10, informa quantos zeros existem depois do número 1. Com esta notação, 106 = 1 000 000; 109 = 1 000 000 000; e assim por diante.

Esses sobrescritos são chamados expoentes ou potências. Por exemplo, 109 é descrito como “10 elevado à potência 9” ou “10 elevado à nona” (exceções para 102 dito “dez ao quadrado”, e 103 dito “10 ao cubo”).

Além da clareza, a notação exponencial possui um benefício adicional: é possível multiplicar dois números quaisquer simplesmente somando-se os expoentes apropriados. Assim, 1 000 x 1 000 000 000 é 103 x 109 = 1012.

Porém, ainda há resistência à notação exponencial por parte de pessoas um pouco assustadas com a matemática (embora a notação simplifique a nossa compreensão) e por parte dos compositores de texto, que parecem ter compulsão de imprimir 109 como 109.

Depois de se dominar a notação exponencial, pode-se lidar sem esforço com números imensos, como o número aproximado de micróbios numa colher de chá cheia de terra (108); de seres vivos na Terra (1029), de seres humanos que habitam a Terra (7 x 109); ou de núcleos atômicos no Sol (1057).

Isso não significa que se possa imaginar 1 bilhão ou 1 quintilhão de objetos – ninguém pode. Mas, com a notação exponencial, podemos pensar sobre esses números e calculá-los. Muito bom para seres autodidatas que começaram do nada e que contavam coisas com os dedos das mãos e dos pés.

segunda-feira, 10 de março de 2014

A história de pi



O número que chamamos p (pronunciado “pi”) tem uma história longa e variada. Há muito tempo, os gregos reconheceram que os círculos tinham uma propriedade especial e útil: a circunferência de qualquer círculo dividida por seu diâmetro é sempre o mesmo número. Esse número é chamado de pi. Ou seja, a razão da circunferência para o diâmetro de um círculo é sempre a mesma.

Os estudiosos gregos também sabiam que essa mesma razão constante aparecia em outra propriedade básica dos círculos: a área dentro do círculo é sempre a constante vezes o quadrado do raio (A = pr2). Em particular, se um círculo tiver raio de 1 unidade, então a área dentro do círculo é exatamente igual a p unidades.

Encontrar o valor exato de pi tem sido um mistério no qual pessoas de muitas civilizações diferentes trabalharam e se intrigaram por centenas de anos. Em 1999, a equipe do professor Kanada, da Universidade de Tóquio, calculou pi com 206 158 430 000 casas decimais em um supercomputador NEC SX-2.

Entretanto, nenhum desses resultados é o valor exato de pi.

O matemático alemão Johann Lambert demonstrou, em 1765, que pi é um número irracional - não pode ser expresso exatamente como uma fração ordinária (ou seja, a razão entre dois números inteiros). Isso significa que nenhuma expressão decimal, não importa quão longe se estenda, jamais será exatamente igual a pi.  

Há várias questões sobre números irracionais que ainda não podemos responder. Podemos demonstrar que sua expansão decimal é infinita e que não repete nenhuma sequência finita de algarismos sem interrupção de certo ponto para frente.

Será que existe algum padrão sutil nessa sequência de algarismos? Provavelmente a explicação mais honesta para tal persistência é a simples curiosidade humana pelo desconhecido.

terça-feira, 4 de março de 2014

Apresentação visual de trabalhos



Os aplicativos de apresentação visual, como o conhecido PowerPoint, permitem a projeção ampliada do que antes era escrito e desenhado. É uma tecnologia que representa uma excelente ferramenta para aulas, trabalhos e palestras. É o predomínio das cores, imagens, animações e sons.

Entretanto, cuidados são necessários para evitar apresentações ruins e chatas, que desmotivam a plateia. Os erros se repetem, começando com o congestionamento visual. Cores, sons e animações demais, acordes dramáticos, desenhos de mau gosto, caracteres tipográficos gritantes e conflitantes.

Firula em excesso tem efeito negativo na percepção das pessoas. Depois vem o excesso de informações e de slides, sobrecarregados com textos. E há o agravante do texto lido. Como lemos cinco vezes mais rápidos do que o apresentador fala, passamos à sua frente: já lemos o texto e não escutamos mais o que ele diz.

Se for para ler todo o texto no slide, para que serve o apresentador? O texto dos slides deve ser apenas um recurso para fixar os conceitos mencionados e para criar uma estrutura das principais ideias.

A apresentação precisa ter simplicidade visual. Se a figura não for interessante, não coloque. Os slides não substituem nem o apresentador nem as leituras adicionais para aqueles que desejam maior profundidade no tema.

Nosso cérebro tem um hemisfério esquerdo, que cuida da razão, e um direito, encarregado das emoções. Uma boa apresentação ativa na plateia os dois hemisférios. Se a apresentação eletrônica tentar explicar, vai competir com as palavras do apresentador.

Portanto, a missão do apresentador deve ser infiltrar sentimentos. Daí a importância da escolha das imagens para realçar, com poucas palavras, as principais ideias.