Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


domingo, 27 de abril de 2014

Aprendendo a aprender



Estudar é um ato voluntário. Depende de uma decisão pessoal e de uma mente receptiva ao aprendizado. É necessário definir o que deseja e se organizar para atingir este objetivo.

Se você não tiver um objetivo claro em sua mente, dificilmente se empenhará por aprender de verdade. Defina as prioridades de sua vida – entre elas, a de preparar-se para o futuro – e não se deixe desviar do rumo.

A disciplina para estudar cria uma mente disponível para aprender. Estudar todos os dias, mesmo que seja um pouco, cria um bom hábito para o resto da vida. Todas as pessoas têm talento para estudar e aprender, mas isso não depende de inspiração e sim de esforço e dedicação. Não se trata de um dom natural.

Defina firmemente o objetivo de aprender, crie o hábito de estudar e siga em frente. Você estará exercitando o talento para aprender e será dono de seu destino.

Deve ficar bem claro na estratégia do aprendizado que a educação continuada fará parte toda a vida. Dessa maneira, resiliência, vocação para a pesquisa, obsessão pelo estudo, curiosidade pelo novo, cultura geral, visão estratégica e capacidade de antecipar-se ao futuro têm de fazer parte do sistema de aprendizado de cada um.

Aprender não deve ser confundido com colecionar informações, mas implica relacionar as informações com o mundo de forma a compreendê-lo e sermos capazes de entender nossa relação com ele, de desenvolver novas competências, de inventar e se reinventar. É esta capacidade que vai nos permitir lidar com a mudança.

Este é o desafio de todos que não se contentam em ser meramente espectadores, mas ambicionam ser atores da história. A sabedoria é desenvolvida com a vivência da experiência. Não devemos atribuí-la exclusivamente à inteligência, pois envolve saber utilizá-la, por meio do conhecimento, trazendo benefícios para as pessoas.

Muitas vezes o conhecimento leva-nos a uma postura arrogante, mas a sabedoria só se atinge a partir da humildade, podendo ser entendida em função da ação associada, não podendo ser expressa em termos de regras.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Desafio Lógico 2014/1



1) Um trem possui comprimento de 500 metros e velocidade de 10 km/h. Quanto tempo ele leva para atravessar um túnel de 10 km, do instante em que entra até sair completamente?

2) Você tem um balde com capacidade para 3 litros, um balde com capacidade para 5 litros e um suprimento muito grande de água. Como separar exatamente 4 litros?

sábado, 12 de abril de 2014

Enfrentando desafios lógicos



É interessante observar que parece haver pouca “lógica” em algumas fases da resolução de problemas. Problemas difíceis, com frequência, são solucionados com uma intuição repentina. Num momento o caminho da solução está bloqueado; no momento seguinte o caminho é vislumbrado sem que seja possível explicar de forma lógica como ele apareceu.

O economista Herbert Simon (1916 – 2001) é um dos padrinhos dos modernos estudos da resolução de problemas. Simon, que recebeu o prêmio Nobel de Economia de 1978, foi um dos economistas de sua época a utilizar modelos de computador.

Ele estudou os métodos de resolução de problemas com o objetivo de explorar como os computadores poderiam ser programados para executar tarefas semelhantes. Não encontrou nada essencialmente misterioso, pois em nenhum caso a solução de um quebra-cabeça ou avanço científico ocorreu a partir de uma “inspiração” totalmente inesperada.

Simon e seus colegas popularizaram uma série de termos amplamente utilizados nos dias de hoje. Um deles é “espaço de solução”, que significa aproximadamente o conjunto de todas as soluções potenciais de um problema. Quando um programa de computador joga xadrez, ele “procura um espaço de solução”. Examina todos os movimentos possíveis (de ataque e de defesa, tantos quanto forem práticos) a fim de descobrir os mais vantajosos.

Simon acreditava que a busca de um espaço de solução era um modelo para explicar como resolvemos quebra-cabeças e até mesmo como cientistas como Kepler e Planck realizaram grandes descobertas. A importância da noção de um espaço de solução é imensa. Quando se tenta programar um computador para solucionar um problema, é extremamente desejável identificar o espaço de solução. Então o software busca o conjunto de soluções com toda a velocidade que o computador permite.

Essa abordagem tem várias limitações. Muitos problemas apresentam espaços de solução grandes demais até para os computadores mais rápidos. Em geral, quebra-cabeças, enigmas e charadas têm espaço de solução difíceis de definir. Nem sempre são visíveis o escopo do problema ou as soluções que podem ser legítimas, muito menos as que estão corretas.

Por isso a Inteligência Artificial é um empreendimento tão difícil. Os trabalhos mais recentes de psicologia cognitiva equiparam os solucionadores de quebra-cabeças aos garimpeiros de ouro.

Não se sabe onde o ouro está. Pode-se dizer que a prospecção é uma questão de sorte, mas alguns garimpeiros são melhores do que outros. Isso acontece porque eles aceitam o “acaso” e lidam com ele. A procura do ouro não é aleatória; ela é uma pesquisa metódica que leva em consideração as pistas geológicas.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O registro de invenções no Brasil



O Brasil é conhecido por ser um país de pessoas criativas, com invenções que mudaram o mundo – radiografia, soro antiofídico, avião, identificador de chamadas telefônicas, cartão telefônico, balão, discagem direta a cobrar.

Quase 60% desses produtos não foram idealizados por pessoas diretamente ligadas a empresas ou a institutos de pesquisa, mas por inventores autônomos, segundo dados da Associação Nacional dos Inventores (ANI).

Apesar da importância e benefícios que essas inovações trazem para a sociedade, os profissionais autônomos, que são milhares no País, sofrem com a burocracia e a falta de incentivos.

Para o inventor brasileiro, o processo de depósito de patente é demorado e dispendioso. Patente  é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores de direitos sobre a criação. O tempo entre o depósito de um pedido de patentes e a concessão do privilégio leva, em média, 5,4 anos.

As dificuldades no processo de inovação são de todos os tipos, desde o desenvolvimento da ideia até o registro e patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Além disto, existem os enormes gastos em relação à patente e à divulgação.

Boas ideias deixam de ser alavancadas por dificuldades financeiras, quer seja na compra de insumos, como também com o tempo necessário da formação do objetivo. Falta apoio laboratorial, com instrumentos adequados para análise dos produtos e a análise do INPI.

Para se inventar no Brasil, tem que estar conveniado com as universidades e institutos de pesquisa. Muitas vezes o inventor não tem condições de trabalhar sua inovação de forma que se torne um produto de mercado.

Alternativas para apoiar o trabalho dos profissionais autônomos seriam concursos de invenções e fundos privados de investimento.