Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


domingo, 31 de agosto de 2014

Pessoas fora do comum



É preciso aceitar a ideia de que os valores do mundo que habitamos e as pessoas que nos cercam exercem um grande efeito em quem nós somos.

As pessoas que fazem coisas fora do comum, as fora de série, as pessoas de sucesso na vida, são beneficiárias de vantagens ocultas, oportunidades extraordinárias e legados culturais.

Esses fatores, ou alguns deles juntos, permitem aprender, trabalhar duro e entender o mundo de uma forma que os outros não conseguem.

O lugar e a época em que crescemos fazem diferença. A cultura a que pertencemos e os legados transmitidos por nossos ancestrais moldam os padrões de nossas realizações de formas inimagináveis.

As pessoas de sucesso na vida parecem, à primeira vista, estar fora da experiência comum. Mas não estão. Eles são produtos da história, da comunidade, das oportunidades e dos legados.

Seu sucesso não é excepcional nem misterioso. Baseia-se numa rede de vantagens e heranças. Algumas merecidas, outras não. Algumas conquistadas, outras obtidas por pura sorte – todas, porém, cruciais para torná-las o que são.

domingo, 24 de agosto de 2014

Política e Energia



É difícil de imaginar um mundo sem os benefícios da eletricidade e do transporte motorizado. O progresso material da humanidade está baseado no seu uso crescente sob muitas formas.

Sem eletricidade viveríamos no escuro, sem motores e sem água canalizada. Sem transporte motorizado estaríamos dependendo da tração animal para a movimentação de pessoas e de mercadorias.

A produção de eletricidade e a motorização dos transportes são dois elementos essenciais das sociedades modernas em que vivemos. Para garanti-los, são necessárias grandes obras de infraestrutura.

No Sudeste e no Sul do Brasil, beneficiando-se de uma geografia favorável, a opção preferencial para a produção de eletricidade foi, até agora, a construção de grandes hidrelétricas, que durante um século garantiram energia elétrica abundante e barata. Itaipu é um exemplo desse tipo de usina.

Com o petróleo nossa geografia não foi tão favorável e só recentemente deixamos de importá-lo graças à exploração no pré-sal – a profundidades cada vez maiores, a grandes distâncias da costa e em depósitos que se situam abaixo de uma espessa camada de sal.

Os dois sistemas de produção de energia no Brasil estão atravessando uma séria crise. Isso também ocorre em outros setores da infraestrutura, como portos e estradas, e o governo mostra-se incapaz de enfrentá-los.

No setor de eletricidade, a origem dos problemas foi o abandono gradual, nas últimas décadas, da construção de reservatórios de água que garantissem a sua produção nas usinas hidrelétricas em anos de seca, que, aliás, se estão tornando mais frequentes. Uma das razões é a oposição dos ambientalistas radicais.

A verdade é que, mesmo quando ocorrem impactos significativos, é preciso comparar os custos ambientais e sociais decorrentes dos reservatórios com os benefícios, em geral muito maiores, para as populações.

Além de hidrelétricas, a solução dos problemas de produção de eletricidade passa pelo aproveitamento de outras formas de energia. A biomassa, por exemplo, poderia gerar significativa quantidade de energia. A energia eólica também poderia contribuir, mas os problemas de interligação das máquinas às redes de transmissão teriam de ser resolvidos. Alguns parques eólicos já construídos estão ociosos por falta de linhas de transmissão.

O sistema de transmissão da rede interligada nacional precisa ser reforçado para evitar falhas, acidentais, por falha humana ou à falta de manutenção. Muitos "apagões" poderiam ser evitados com a introdução de redundâncias no sistema, algumas de custo elevado, mas que protegeriam a sociedade dos sérios problemas de falhas no fornecimento de energia elétrica.

O sistema de leilões adotado pelo governo federal para o aumento da produção de eletricidade, em que todas as fontes de energia concorrem em igualdade de condições, é também uma das causas dos problemas. Garantir um custo final mais baixo da eletricidade, que é o objetivo dos leilões, é resultado de uma visão ideológica, e não técnica, da questão.

Resolver esses problemas exigirá mais planejamento e menos ideologia. E abriria caminho para a produção da energia necessária para sustentar um novo ciclo de desenvolvimento no País.

sábado, 16 de agosto de 2014

Política e Educação



A educação deveria ser o primeiro e principal clamor de todos os candidatos políticos. Quando algum deles afirma isso, ficamos desconfiados porque parece discurso eleitoreiro – após eleitos, a maioria não leva adiante.


Num país civilizado a educação é o projeto mais importante. Não poderíamos ter tanta criança sem escola, tanta escola sem professor, tanto professor sem incentivo, tantos projetos baseados em interesses políticos, tanta ilusão sobre tecnologias em todas as escolas quando em muitas não há merenda escolar, locais de estudos adequados, livros.


Alguns exemplos de batalhadores pela Educação: Brizola, Cristovam Buarque, Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Campos. Entre os candidatos a deputado estadual, o Antonio Gomes - 12123 - é um batalhador pela Educação.

Desafios lógicos



1) Você tem dois rastilhos de comprimento diferentes. Cada um queima durante exatamente uma hora. Mas os rastilhos não são necessariamente idênticos e não queimam a uma velocidade constante. Há pedaços que queimam depressa e pedaços que queimam devagar. Como você calcularia 45 minutos usando apenas os rastilhos e uma quantidade ilimitada de fósforos?

2) Em uma chácara há patos e coelhos. Sabendo que o número de olhos é 58 e o número de patas é 84, quantas patos e quantos coelhos há?

sábado, 9 de agosto de 2014

Senso de proporção



Considere uma folha de material especial com espessura de 0,1mm, que pode ser dobrada N vezes. Você dobra uma vez e, depois, mais uma vez, e assim sucessivamente até que tenha repetido essa operação 50 vezes. Que altura (espessura) você acha que esse material dobrado terá no final?

Algumas pessoas fazem o processo mental rápido e respondem, num palpite, menos de 10 metros. Outras, até 1 metro. E assim por diante. Mas resposta certa é que a altura desse material dobrado seria quase igual à medida da distância média entre a Terra e o Sol. 

É a progressão geométrica. Para os leigos em matemática é difícil entender esse tipo de progressão. Porque o resultado final – o efeito – parece muito desproporcional em relação à causa.

0,1 mm x 10 = 102,4 mm (0,1024 m)
             x 15 = 3 276,8 mm (3,28 m)
             x 20 = 104,86 m
             x 25 = 3 355,44 m (3,35 km)
             x 30 = 107,37 km
             x 35 = 3 435,97 km
             x 40 = 109 951,14 km
             x 45 = 3,52 x 106 km
             x 50 = 112,6 x 106 km

Distância média da Terra ao Sol = 150 x 106 km.