"Vigilância epistêmica" é a
preocupação que todos nós devíamos ter com relação a tudo o que lemos, ouvimos
e aprendemos de outros seres humanos, para não sermos enganados.
Significa não acreditar em tudo o que é
escrito e é dito por aí, inclusive em salas de aula. Achar que tudo o que
ouvimos é verdadeiro, que nunca há uma segunda intenção do interlocutor, é
viver ingenuamente, com sérias consequências para nossa vida profissional.
Estudos mostram que crianças de até 3 anos
são de fato ingênuas, acreditam em tudo o que lhes é transmitido, mas a partir dos 4 anos
percebem que não devem crer. Por isso, crianças nessa idade adoram mágicas,
ilusões óticas, truques. Assim, elas aprenderão a ter vigilância epistêmica no
futuro.
Infelizmente, muitos acabam se esquecendo
disso na fase adulta e vivem confusos e enganados, porque não sabem mais o que
é verdade ou mentira. Todos nós precisamos estar atentos a dois aspectos com
relação a tudo o que ouvimos e lemos.
Precisamos saber se quem nos fala ou escreve
conhece a fundo o assunto, é um especialista comprovado, pesquisou ele próprio
o tema, sabe do que está falando ou é um leigo que ouviu falar e simplesmente
está repassando o que leu e ouviu, sem acrescentar absolutamente nada. O outro
aspecto é se o autor está deliberadamente mentindo.
Aumentar a nossa vigilância epistêmica é uma necessidade cada vez mais premente no mundo atual. Muito lixo e "ruído" sem significado científico que nos são transmitidos diariamente por blogs, chats, podcasts e internet, sem a menor vigilância epistêmica de quem os coloca no ar.
Aumentar a nossa vigilância epistêmica é uma necessidade cada vez mais premente no mundo atual. Muito lixo e "ruído" sem significado científico que nos são transmitidos diariamente por blogs, chats, podcasts e internet, sem a menor vigilância epistêmica de quem os coloca no ar.
Os bons pensadores se preocupam com o método
científico, a análise dos fatos usando critérios científicos, lógica,
estatísticas de todos os tipos, antes de sair proclamando "verdades"
ao grande público.
O problema é que essa elite não é lida,
prestigiada, escolhida, entrevistada nem ouvida em primeiro lugar. Pelo
contrário, está lentamente desaparecendo, com sérias consequências.