É
cada vez maior a utilização de alta tecnologia na produção de commodities. A
produção agrícola nacional mais do que triplicou em vinte anos, e a
produtividade teve uma das maiores taxas de crescimento do mundo.
Temos
excelente produtividade em algodão, soja, laranja e a maior empresa de
processamento de proteína animal do mundo.
Não
podemos perder terreno nessa área de modo algum. Mas também não podemos
depender apenas de commodities, cujos preços são definidos por terceiros, em função
de variáveis incontroláveis.
Investir
em produtos de maior valor agregado é, portanto, uma forma de qualificar e
fortalecer a economia, diminuindo a exposição a riscos. Fazer isso requer o
acesso a investimentos e educação de qualidade.
Os
países que exportam produtos de maior valor agregado investem muito no ensino e
na formação de cientistas. É preciso aplicar grande quantidade de recursos em
pesquisa e tecnologia para que surjam descobertas científicas que possam ser
transformadas em produtos e tecnologias comercialmente viáveis.
A
indústria nacional vem perdendo espaço na economia, e seu grau de inovação é limitado.
Em um país burocrático, cartorial, extremamente regulamentado, alta carga
tributária, com baixo nível educacional e baixa produtividade, o estímulo à
competição é nulo.