Painel fotovoltaico orgânico

Nos últimos anos surgiu uma nova tecnologia para a transformação da radiação solar em energia elétrica: os painéis fotovoltaicos orgânicos (OPV, sigla em inglês). Eles têm a espessura de uma cartolina e a flexibilidade do plástico.

Nas placas delgadas de OPV, o revestimento feito de tinta orgânica reage quimicamente ao contato com a radiação solar, liberando os elétrons que formam a corrente elétrica. Nos painéis tradicionais, o calor associado à luz ativa os circuitos de silício, em um processo mais complexo.

A tecnologia dos painéis de silício ganhou mercado na década de 1980. Apesar  de cumprir a missão de transformar luz solar em energia, esta primeira geração de painéis solares não era versátil. Além de as placas serem volumosas, emitiam grandes quantidades de gases poluentes em sua fabricação.

A segunda geração que surgiu nos anos 1990, de cobre e gálio, não prosperou devido ao elevado valor dessas substâncias químicas. A terceira, representada pela OPV, surgiu no início dos anos 2000 com muitas vantagens. O filamento tem 5% do peso do de silício; as placas dependem menos da exposição ao sol para gerar energia; em dois meses compensam os poluentes emitidos em sua produção (com as de silício são necessários doze anos); podem adotar qualquer forma, aptas a instalação em diversos lugares.

O metro quadrado da placa OPV está em torno de 12 000 reais. Mas, como acontece com toda a tecnologia inovadora, vai baratear com o tempo. Nos anos 1980, cada watt gerado por uma placa solar custava 76 dólares. Hoje, sai por 5 dólares, e o preço continuará a diminuir.