Ser tecnológico é abraçar a tecnologia que preserva
a nossa humanidade, e rejeitar a tecnologia que se intromete na nossa
privacidade sem ser convidada.
É reconhecer que a tecnologia é parte integrante da
evolução da cultura, o produto criativo das nossas imaginações, dos nossos
sonhos e das nossas aspirações – e que o anseio de criar novas tecnologias é
fundamentalmente instintivo.
Mas também é reconhecer que a arte, a história, a
diversão, a religião, a natureza e o tempo são parceiros iguais na evolução da
tecnologia, pois alimentam a alma e satisfazem os seus anseios.
Ser tecnológico é saber quando devemos recuar diante
da tecnologia, no trabalho e na vida, para afirmar a nossa humanidade. É criar
caminhos significativos para nossa vida, sem medo de uma nova tecnologia ou sem
medo de ficar para trás.
É reconhecer que, no que tem de melhor, a tecnologia
dá apoio à vida humana e a faz prosperar; no que tem de pior, ela aliena,
isola, distorce e destrói. É escolher conscientemente empregar a tecnologia
quando ela acrescenta valor à vida humana.
Ser tecnológico é aprender a viver como seres
humanos numa época dominada pela tecnologia. É saber quando experiências
simuladas acrescentam valor à vida humana. É saber quando desconectar e quando
conectar. É a escala humana na medida certa.
Ser tecnológico é entender a tecnologia através da
lente humana da diversão, do tempo, da religião e da arte.