Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Os riscos do desenvolvimento


Quando se fala da Revolução Industrial do fim do século XVIII na Inglaterra, sempre se pensa na introdução das máquinas têxteis e no enorme salto de produtividade que isso acarretou.

Mas poucas vezes se menciona a rede de canais de distribuição que permitiu carregar o algodão, o carvão e os produtos por todo o país, passando de um rio a outro e dali para o mar.

Já a revolução tecnológica seguinte, a da máquina a vapor, no século XIX, levou à criação de ferrovias, do telégrafo e do sistema de correio padronizado.

Nos anos 1920, começou a substituição dos trens, das carruagens a cavalo e dos vapores pelo automóvel e pelo avião, que necessitavam de uma vasta rede de estradas e aeroportos.

As redes de distribuição da primeira Revolução Industrial, as ferrovias do século XIX e as estradas do início do século XX são exemplos de redes de infraestrutura que só se conseguiu construir porque havia grandes investidores dispostos a gastar seu dinheiro em algo que demorou muito para dar lucros operacionais.

São investimentos baseados no tudo ou nada: ou há uma cobertura quase completa ou não se obtêm as vantagens prometidas. A disposição ao risco é alimentada pelo entusiasmo que as novas tecnologias despertam e pela expectativa de conseguir gordos lucros.

Quando chega o colapso, muita gente perde grandes somas de dinheiro, mas a infraestrutura fica para todos. Portanto, em essência, a possibilidade de colapso é uma forma brutal de conseguir o investimento necessário para instalar o novo e destruir o velho.

É o que ocorre com a atual revolução, baseada na tecnologia da informação. Ela embute um enorme potencial de criação de riqueza.

Se as forças políticas e econômicas entenderem esse processo e estabelecerem as condições sociais adequadas, o que virá em seguida beneficiará a todos.

Um comentário:

  1. O que acontece muito no Brasil é que todos querem que o país cresça e mude, mas os investidores possuem um certo receio de investir e não conseguir evoluir. E para mudar isso, estamos falando de anos que passam e que infelizmente não faz mudar nada, a não ser o fato de pequena parte de pessoas continuar crescendo e investindo em programas certos que irá render muito e a grande maioria das pessoas na mesma forma de pensamento e de agir com a vida.

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