A qualificação do trabalhador é um tema que tem
ganhado destaque nos últimos tempos. Reflexões são feitas sobre os sistemas de
educação público e particulares no sentido da formação do profissional.
Nas análises sobre a qualificação do trabalhador,
questionam-se as competências pertinentes a um profissional para que este possa
conseguir um emprego ou manter-se empregado.
A exigência de conhecimento profissional no mercado
de trabalho é antiga, a diferença está nos conhecimentos que são exigidos
atualmente. No passado, considerava-se alfabetizada a pessoa que sabia ler e
escrever seu nome.
Em tempos mais recentes, em função das novas
tecnologias e métodos de produção, só é alfabetizado o trabalhador que sabe ler
e entender o manual de instruções da máquina com o qual trabalha.
Para acompanhar as novas tecnologias e métodos de
produção, assim como para entendê-los e adaptá-los às condições de cada
empresa, os trabalhadores precisam ser bem preparados.
O processo de trabalho atual exige um novo perfil e
um novo conceito de qualificação, que vai além do simples domínio de
habilidades motoras e disposição para cumprir ordens, incluindo também ampla
formação geral e sólida base tecnológica.
O novo perfil valoriza traços como participação,
iniciativa, raciocínio lógico e discernimento. Da perspectiva da empresa, não
basta mais contar com o típico “operário-padrão”, pronto a “vestir sua camisa”
e suar por ela. É preciso, antes de tudo, garantir o trabalhador “competente”
capaz de “pensar como a empresa”.
Como contrapartida, as empresas dão mostras de
assumir responsabilidade crescente no processo de qualificação, abrindo, em
paralelo, novo espaço para obtenção de melhorias concretas em condições de
trabalho.
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