O número que chamamos p
(pronunciado “pi”) tem uma história longa e variada. Há muito tempo, os gregos reconheceram
que os círculos tinham uma propriedade especial e útil: a circunferência de
qualquer círculo dividida por seu diâmetro é sempre o mesmo número. Esse número
é chamado de pi. Ou
seja, a razão da circunferência para o diâmetro de um círculo é sempre a mesma.
Os estudiosos gregos também
sabiam que essa mesma razão constante aparecia em outra propriedade básica dos
círculos: a área dentro do círculo é sempre a constante vezes o quadrado do
raio (A = pr2).
Em particular, se um círculo tiver raio de 1 unidade, então a área dentro do
círculo é exatamente igual a p
unidades.
Encontrar o valor exato de pi tem
sido um mistério no qual pessoas de muitas civilizações diferentes trabalharam
e se intrigaram por centenas de anos. Em 1999, a equipe do professor Kanada, da
Universidade de Tóquio, calculou pi
com 206 158 430 000 casas decimais em um supercomputador NEC SX-2.
Entretanto, nenhum desses
resultados é o valor exato de pi.
O matemático alemão Johann
Lambert demonstrou, em 1765, que pi
é um número irracional - não pode ser expresso exatamente como uma fração
ordinária (ou seja, a razão entre dois números inteiros). Isso significa que
nenhuma expressão decimal, não importa quão longe se estenda, jamais será
exatamente igual a pi.
Há várias questões sobre números
irracionais que ainda não podemos responder. Podemos demonstrar que sua
expansão decimal é infinita e que não repete nenhuma sequência finita de
algarismos sem interrupção de certo ponto para frente.
Será que existe algum padrão
sutil nessa sequência de algarismos? Provavelmente a explicação mais honesta
para tal persistência é a simples curiosidade humana pelo desconhecido.
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