Desde o princípio, a indústria
nuclear se dizia uma das opções mais baratas para gerar eletricidade.
Entretanto, os verdadeiros custos da energia nuclear foram e ainda são
subestimados.
Os custos reais da construção e
operação de usinas nucleares quase sempre se mostraram mais elevados do que os
projetados. As estimativas oficiais costumam negligenciar ou subestimar
despesas ocultas como os custos relacionados com o ciclo de combustível, gestão
de resíduos, desmonte de instalações nucleares, segurança, alterações de
infraestrutura e garantia do governo para obrigações.
Custos estruturais, por exemplo,
para garantir proteção e segurança, também contribuem, mas são difíceis de
avaliar.
Apenas na França, centenas de
milhões de euros são aplicados anualmente em perícia pública e serviços de
aconselhamento sobre a proteção contra a radiação, segurança nuclear e questões
de proteção. Somando-se a isto, não se pode deixar de considerar os custos das
forças de segurança necessárias para a proteção das instalações e dos
transportes nucleares.
O lixo radioativo não é a única
herança poluente da tecnologia nuclear. As dificuldades encontradas durante as
operações de desmonte, no final da vida útil de uma instalação nuclear, são
motivo para pessimismo.
O objetivo teórico do desmonte é
fazer com que o local volte “à natureza” – em outras palavras, remover o último
traço da instalação nuclear, liberando o terreno ocupado para uso irrestrito.
Não existem exemplos de operações de desmonte em larga escala que tenham
atingido este estágio com sucesso.
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