Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O desafio da entrevista de emprego

Houve um tempo em que a entrevista de emprego era um bate-papo. O candidato discutia suas conquistas passadas e seus objetivos futuros. O entrevistador discutia como esses objetivos poderiam ou não se adequar à empresa. Tipos de perguntas: onde você se vê daqui a cinco anos? Qual o último livro que você leu? O que você faz em seus dias de folga?

O problema nesse método é que um candidato treinado produz respostas seguras e confortáveis para o entrevistador. Na maioria das vezes não se obtém a resposta “verdadeira”.

Desafios que envolvem lógica, quebra-cabeças e questões hipotéticas têm longa tradição em entrevistas nas indústrias de alta tecnologia, nas quais se espera que cada funcionário possua um nível de raciocínio lógico muito alto e seja um inovador motivado. Tipos de perguntas: como você pesaria um avião sem usar uma balança? Quanta água do rio Jacuí passa por Espumoso a cada hora? Quantas vezes por dia os ponteiros do relógio se sobrepõem?

Na área de Recursos Humanos, algumas dessas questões são conhecidas como questões impossíveis. Os entrevistadores fazem essas perguntas acreditando que elas ajudam a avaliar a inteligência, a desenvoltura ou o pensamento necessários para a sobrevivência no mundo supercompetitivo de hoje.

Os candidatos ao emprego respondem a essas questões acreditando que isso fará com que consigam ser contratados pelas empresas com empregos mais concorridos. A verdade é que para algumas dessas questões ninguém sabe a resposta. O entrevistador também não sabe a resposta certa, mas isso não faz diferença.

As entrevistas estão se tornando cada vez mais invasivas, mais exaustivas e mais enganosas. Os entrevistadores avaliam que pessoas que conseguem resolver desafios nessas condições são empregados melhores do que aqueles que não conseguem. E todo dia, pessoas são contratadas ou deixam de ser contratadas com base nas respostas que deram a esse tipo de pergunta.

Histórias de pessoas que provam seu valor resolvendo enigmas existem em várias culturas. Ao utilizar desafios em suas decisões de contratação, as empresas que adotam essa estratégia tornam o problema igualitário. Assim, não importa onde você estudou, onde você trabalhou anteriormente ou como você se veste. A única coisa que importa é sua lógica, sua imaginação e sua habilidade para resolver problemas. 

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