O
aprendizado e o ensino são mais profundamente afetados pela disponibilidade de
informações do que qualquer outra área da vida humana. Há grande necessidade de
uma nova aceitação, de novos métodos e novos instrumentos de ensino, a mais
antiga e reacionária arte humana.
As
coisas mais importantes a aprender não são habilidades específicas, mas uma
habilidade universal – a de usar o conhecimento e sua aquisição sistemática
como fundamento do desempenho, habilidade e realização.
Não
tem sentido ensinar ao jovem tudo aquilo de que ele terá necessidade, pois ele
ainda não sabe de que conhecimentos necessitará daqui a dez ou quinze anos. O
que se sabe cada vez mais é que precisará de conhecimentos que ainda não
existem.
O
próprio fato de estarmos usando conhecimento, e não experiência, faz da mudança
algo inevitável. Isso porque o conhecimento, por definição, inova, busca,
indaga e se modifica. Quando o conhecimento é aplicado ao trabalho faz-se
necessária a educação contínua, o retorno frequente do adulto experiente e
realizado ao aprendizado formal.
Quanto
mais as pessoas sabem, com maior frequência regressam à escola durante toda a
sua vida útil. Mas também, quanto mais sabem, mais se conscientizam de sua
ignorância e da nova capacidade de desempenho, dos novos conhecimentos e da
necessidade de atualizar seus conhecimentos constantemente.
A
continuação da educação não precisa ser uma educação em assuntos especializados
que só serão úteis para o profissional que tenha progredido muito.
Os
assuntos mais gerais – talvez a filosofia, ou a história – também fazem mais
sentido como educação para o adulto experimentado. As especializações são o que
os jovens aprendem melhor, e aquilo de que mais necessitam.