Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Energias alternativas e limpas


Disponível na forma líquida, fácil de utilizar, o petróleo tornou-se a energia mais comum, "o ouro negro" do século 20. Mas sempre foi evidente que se esgotaria um dia. Como ninguém sabia exatamente quando, o problema foi deixado de lado. Na verdade, a questão de saber quanto tempo ainda irão durar as reservas não está entre as primeiras preocupações, porque, antes que se esgotem os recursos disponíveis, o mundo "civilizado" terá atingido um nível insuportável de destruição ambiental.

Outra questão diz respeito às consequências do aumento dos preços da energia para a economia mundial. A era do petróleo fácil de extrair (petróleo convencional) está encerrada e a busca de energias fósseis não convencionais são insuficientes para satisfazer ao aumento do consumo de combustíveis, provocado pelo desenvolvimento dos países. E o custo da infraestrutura necessária para extração eleva-se cada vez mais, à medida que se torna necessário explorar os últimos recursos existentes.

As incertezas políticas constituem um quarto fator. O principal desafio logístico é fornecer continuamente petróleo, gás e urânio, para o mundo inteiro, a partir de alguns lugares e países produtores, utilizando importantes redes de transporte. Esta vulnerabilidade provoca um aumento dos custos políticos e militares com segurança. Os países em desenvolvimento sofrem um golpe dramático por serem obrigados a pagar os preços do mercado mundial.

Crescem as pressões junto aos países fornecedores para que aumentem sua produção, em total contradição com os objetivos de proteção da natureza e do clima. Apresentadas como solução, as energias renováveis, são, na prática, consideradas apenas marginalmente. Há muito tempo deveriam ter se transformado numa prioridade estratégica absoluta.

Alega-se que o potencial das energias “renováveis” não é suficiente para substituir as energias nucleares e fósseis, e que seria oneroso desenvolvê-las em grande escala. Afirma-se que a mudança levaria muito tempo – o que equivale a manter, por décadas, a matriz energética atual. Sugere-se, por fim, que o problema de estocagem das energias renováveis ainda não foi resolvido. Nenhum desses argumentos, se bem analisado, é convincente. O potencial das energias renováveis é astronômico. A utilização direta ou indireta da energia solar, do vento, da água, da biomassa e das ondas forneceria um volume de energia 15 mil vezes superior à consumida pela a humanidade.

Os únicos custos diretamente ligados à produção de energias renováveis são os do desenvolvimento tecnológico. Os custos dos combustíveis seriam eliminados – exceto no caso da biomassa, já que o trabalho agrícola e florestal deve ser remunerado. Os custos dos equipamentos diminuirão com o desenvolvimento da produção em grande escala e a melhora contínua das tecnologias. Além disso, as energias renováveis oferecem vantagens políticas e econômicas significativas. Fontes permanentes e disponíveis em todos os locais, otimizam a balança de pagamentos. Impulso às estruturas econômicas regionais baseadas na agricultura e nas trocas. Tudo isso sem falar dos graves danos ao meio ambiente e à saúde que seriam evitados. 

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