A segunda metade do século 18 foi um tempo de invenções como
nunca se viu – o momento em que o carvão e o vapor substituíram a lenha nos
motores e projetos espetaculares foram aplicados no cotidiano das metrópoles.
Na Inglaterra, berço das novidades, um grupo de operários se
reunia para ler e debater artigos científicos. A Lei das Patentes estava em
vigor e eles queriam ganhar dinheiro criando soluções para a indústria. A
Revolução Industrial mudou o curso da história.
No livro A Ideia Mais
Poderosa do Mundo, o americano William Rosen diz que um dos principais
fatores para aquele surto de avanço tecnológico foi justamente o surgimento de
uma elite de técnicos capaz de ler manuais – e escrevê-los.
A mão de obra de nível técnico como força motriz da
produtividade foi, e continua a ser, um dos pilares dos países que dão certo. O
diploma técnico, aliado à capacidade de enxergar longe e a muito esforço
pessoal, tornou os profissionais aptos a executar as complexas tarefas que os
processos industriais de última geração exigem.
Um estudo feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai) mostra que os setores mais carentes de técnicos são
exatamente aqueles que estão impulsionando o PIB: petroquímica, energia,
mineração, metal-mecânica e eletromecânica.
Uma evidência de que a remuneração de quem se forma em
escola técnica está em alta pode ser verificado em um levantamento feito pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV): para cada ano de estudo, os técnicos somam ao
salário 14% e aqueles que seguem mais dois anos e se formam tecnólogos, 24% –
mais até que os universitários, que adicionam 21% para cada ano na faculdade.
Na maioria das vezes, o técnico recém-formado encontra
rápida colocação no mercado de trabalho: 72% dos técnicos e tecnólogos se
formam com emprego certo. Estamos falando de um diploma com muito mais
aceitação e credibilidade do que os oferecidos por universidades de baixa
categoria.
Nesse ambiente favorável, seria razoável esperar longas
filas ou processos seletivos muito disputados para ingressar nas boas escolas
técnicas do país, a maior parte delas gratuita, mas isso não acontece. No
Brasil, apenas 9% dos alunos na faixa dos 15 aos 19 anos estão no ensino
técnico. Para comparação: Coreia do Sul 65%, Alemanha 53%, França 44% e Estados
Unidos 40%.
Os cursos técnicos com certeza são a porta para uma vida profissional mais segura e estável, como nos próprios índices citados, os países desenvolvidos insistem nos cursos técnicos principalmente na faixa de 15 aos 18 anos para posterior a isso ingressar no mercado de trabalho ou até mesmo em universidades de forma madura e ciente dos principais fatores que o mercado exige hoje, que são a capacidade do profissional em superar barreiras e criar artifícios que sejam eficientes e que se destaquem em um meio.
ResponderExcluirUm fato pessoal, e que serve como inspiração para mim é amar o curso que frequento. E tenho certeza de que existindo este sentimento pelo que se faz a possibilidade de dar certo para o profissional e para o contratante ou para seu próprio negócio sem dúvida é bem maior.