Ser competente não é sinônimo de conhecimentos, mas de ter a capacidade de aprender, a cada dia, a partir de sua própria experiência.


domingo, 25 de maio de 2014

Cursos técnicos em alta



A segunda metade do século 18 foi um tempo de invenções como nunca se viu – o momento em que o carvão e o vapor substituíram a lenha nos motores e projetos espetaculares foram aplicados no cotidiano das metrópoles.

Na Inglaterra, berço das novidades, um grupo de operários se reunia para ler e debater artigos científicos. A Lei das Patentes estava em vigor e eles queriam ganhar dinheiro criando soluções para a indústria. A Revolução Industrial mudou o curso da história.

No livro A Ideia Mais Poderosa do Mundo, o americano William Rosen diz que um dos principais fatores para aquele surto de avanço tecnológico foi justamente o surgimento de uma elite de técnicos capaz de ler manuais – e escrevê-los.

A mão de obra de nível técnico como força motriz da produtividade foi, e continua a ser, um dos pilares dos países que dão certo. O diploma técnico, aliado à capacidade de enxergar longe e a muito esforço pessoal, tornou os profissionais aptos a executar as complexas tarefas que os processos industriais de última geração exigem.

Um estudo feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que os setores mais carentes de técnicos são exatamente aqueles que estão impulsionando o PIB: petroquímica, energia, mineração, metal-mecânica e eletromecânica.

Uma evidência de que a remuneração de quem se forma em escola técnica está em alta pode ser verificado em um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV): para cada ano de estudo, os técnicos somam ao salário 14% e aqueles que seguem mais dois anos e se formam tecnólogos, 24% – mais até que os universitários, que adicionam 21% para cada ano na faculdade.

Na maioria das vezes, o técnico recém-formado encontra rápida colocação no mercado de trabalho: 72% dos técnicos e tecnólogos se formam com emprego certo. Estamos falando de um diploma com muito mais aceitação e credibilidade do que os oferecidos por universidades de baixa categoria.

Nesse ambiente favorável, seria razoável esperar longas filas ou processos seletivos muito disputados para ingressar nas boas escolas técnicas do país, a maior parte delas gratuita, mas isso não acontece. No Brasil, apenas 9% dos alunos na faixa dos 15 aos 19 anos estão no ensino técnico. Para comparação: Coreia do Sul 65%, Alemanha 53%, França 44% e Estados Unidos 40%.  

Um comentário:

  1. Os cursos técnicos com certeza são a porta para uma vida profissional mais segura e estável, como nos próprios índices citados, os países desenvolvidos insistem nos cursos técnicos principalmente na faixa de 15 aos 18 anos para posterior a isso ingressar no mercado de trabalho ou até mesmo em universidades de forma madura e ciente dos principais fatores que o mercado exige hoje, que são a capacidade do profissional em superar barreiras e criar artifícios que sejam eficientes e que se destaquem em um meio.
    Um fato pessoal, e que serve como inspiração para mim é amar o curso que frequento. E tenho certeza de que existindo este sentimento pelo que se faz a possibilidade de dar certo para o profissional e para o contratante ou para seu próprio negócio sem dúvida é bem maior.

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